sábado, 2 de fevereiro de 2013

Açores 2009 - parte II

Lembro-me da brisa na cara, lembro de ver os Capelinhos do mar, lembro de tentar imaginar o que teria sido a erupção, e lembro-me de ver o Faial desvanecer-se à distância. Cerca de 8 horas seriam passadas no mar, a caminho da bel ilha das Flores, 8 horas que usei para por a leitura em dia. Joe Girard, já ouviram falar? O melhor vendedor de automóveis do mundo, segundo o Guiness, mestre de vender e servir como poucos que li. Uma travessia, um livro... e nova ilha à vista!

Flores, travessia da ilha
A ilha das Flores, assim conhecida pela beleza das suas... pois, flores, foi o nosso abrigo durante os dias seguintes. 
Começámos pela volta à ilha, típico hábito nosso, e continuámos com algum tempo passado com alguns amigos da faculdade, que tão gentilmente nos deram guarida! Mas o que nos deixou maravilhados (e "desfeitos") foi a travessia a pé da ilha.
Saímos de manhã da ponta norte da ilha, rumo ao Lajedo, uma aldeia já no sul, onde nos aguardavam as festas do sítio e uma jantarada (incluindo inhame!). Pelo caminho fomos desfrutando da paisagem pejada de flores, cascatas e falésias de uma beleza especial e rara, sempre com o Atlântico como pano de fundo. Após o almoço as coisas ficaram mais duras, primeiro com uma subida a pique à saída da Fajãzinha, depois com uma das botas da Sofia a perder a sola, o que nos obrigou a arrastar o resto do caminho a metade da velocidade, ainda assim por paisagens magníficas! E no final o tal inhame e muita comidinha excelente para retemperar energias!

Voltando do Corvo (ao fundo)
O passo seguinte foi uma visita ao Corvo, a ilha mais pequena do arquipélago, com cerca de 6 km's de diâmetro, menos de 400 pessoas, uma só povoação e uma pista de aviação ladeada por duas rectas onde os aceleras da ilha exercitam a arte de andar mais de 500m a fundo!!! 
Foi uma visita simpática: demos a volta à aldeia em menos de 2 horas, almoçámos no restaurante (o que havia, porque aqui só se recebe fornecimento de vez em quando) e acabámos por ficar pleas barracas... da festa, pois claro!, onde conhecemos outra continental com quem fizemos o resto do "tour". Já à tarde alguém (sim, um dos locais que encontrámos!) nos deu boleia até à caldeira, onde vimos o que o nevoeiro permitiu. Na viagem de regresso percebemos que cartas de condução, sinais, regras de trânsito... pois, coisas de ilhas maiores, aqui não fazem sentido!

Voltando à ilhas da Flores foi tempo de refazer a mala e voltar para mais perto do cont'nente, mais especificamente S. Miguel, que nos esperavam mais aventuras. Para isso usámos os novos aviões "grandes" 8na visão da velhinha do Pico, que se queixava do medo de eles lhe aterrarem no quintal um destes dias!), um Bombardier Q200 de 30 e picos passageiros "novo" da SATA.

E assim deixámos para trás mais uma etapa desta fabulosa aventura, neste caso com balanço mínimo (de novo): carro baratinho primeiro, emprestado depois, casa emprestada, comida quase toda paga... trataram-nos MUITO bem! Obrigado, Gabriel!!

Quanto a nós, S. Miguel ficará para outro dia.
Até amanhã, o último dia!!

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