domingo, 20 de janeiro de 2013

Açores 2009 - parte I

Começarei hoje a partilhar convosco algumas das minhas experiências de viagem Pé Descalço, e a primeira viagem que partilho é o nosso "Inter-boat" no Açores!

Quando fomos convidados a ir aos Açores em 2009, ao casamento de um amigo em S. Miguel, e porque iríamos gastar o mesmo dinheiro da viagem para ficar 2 dias ou 20 dias, decidimos aproveitar para conhecer este arquipélago que Deus plantou no meio do Atlântico! O único problema era o orçamento... 700€, para duas pessoas, tudo incluído... ui!

Comecei por procurar uma forma de voar para os Açores baratinho... Não havia lowcost, não havia tarifas promocionais de 80€, cada passagem custava mais de 250€! A solução passou por usar as milhas que tinha e negociar com um colega uma troca: ela dava-me as milhas que tinha e eu ajudava-o em vários trabalhos que ele tinha pendentes. Desta forma as passagens ficaram por menos de 100€ para os dois, Porto / Terceira / Lisboa. A isto juntámos um voo Flores / S. Miguel, também com milhas, por menos de 25€ cada um, e dois cartões Interjovem, cada um por 50€, mas que permitiram travessias entre ilhas a... 1€!! Tínhamos os trasportes "grandes" assegurados por menos de 250€.
E lá partimos para a aventura.

Campismo no festival
Aterrámos na Terceira a meio da tarde. Depois de montar tenda no acampamento informal do festival da Praia da Vitória passámos o resto do dia a conhecer aquela cidade. Partimos no dia seguinte, já de Angra do Heroísmo, em direcção ao Pico. Viagem atribulada, com atraso enorme e muita gente a querer apanhar o barco, que o novo serviço da Atlânticoline tinha zarpado mais cedo 1h, deixando muitos em terra!
Nestes dois dias usámos o autocarro da ilha, baratinho pois então!, e comemos o resto do farnel que levámos. Gastos? Autocarro 2x e um gelado cada um!

Subida ao Pico
À chegada ao Pico decidimos usar um táxi até ao parque de campismo de S. Roque; pois ficava mais barato que o autocarro para dois! Regateámos o preço até nos parecer bem e lá fomos, mesmo a tempo de montar a tenda para um festival de cantoria de cagarro toda a santa noite, e logo depois de um dia extenuante como este!
No topo de Portugal!

No dia seguinte fomos buscar um carro alugado (rent-a-car local, carro mais antigo mas preço mais simpático) e fomos dar a volta à ilha, calmamente que a gasolina 'tava cara (ai estava?...), incluindo passagem no supermercado a comprar comida. Paisagens lindas, estradas ladeadas por jardins... é uma ilha maravilhosa.
A subida ao Pico ocupou o próximo dia: fomos por uns minutos os humanos no topo de Portugal! Subida demolidora, com alimentação mal pensada, descida com nevoeiro cerrado, enfim, exigente e complicado, a terminar no maior escaldão da minha vida! E à noite, mais cagarros, claro, para embalar o nosso sono!
Zarpámos ao quarto dia rumo ao Faial, deixando para trás bons momentos de vitória pessoal (maldito monte!!) e uns poucos euros: táxi, carro alugado por uma ninharia, alguma gasolina, parque de campismo e muito comida de lata cozinhada num fogão de campismo.

Do Pico para o Faial
A viagem para o Faial culminou, depois de um almoço num jardim frente à marina da Horta e ao hotel, com uma caminhada tudo-às-costas até à rent-a-car (novamente local, novamente pechincha), onde nos "emprestaram" um Corsa simpático que nos serviu de montada por dois dias. 
A praia do Almoxarife (areia preta, água quente, um must!) e o parque de campismo ao lado foram os poisos certos para dois dias de exploração da ilha, incluindo caldeira, vulcão dos Capelinhos, Porto Pim (areia branca, água quente... outro must!) e Horta, que visitámos quando deixámos o carro, no terceiro dia, e partimos rumo às Flores. 
No Peters Café Sport
Contas feitas, carro baratucho, campismo barato, comidinha de supermercado, bilhete para o centro de exploração dos Capelinhos e um refresco no Peters Café Sport... pouca coisa!
Partimos para a ilha das Flores no "chassó-Expressó-Santorini", o navio fretado à Hellenic Seaways pela Atlânticoline, numa viagem de 8 horas.


E o resto fica para amanhã!



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